Sete mares



Me esquenta com o vapor da boca e a fenda mela. Imprensando minha coxa na coxa que é dela. Dobra os joelhos e implora o meu líquido. Me quer, e que ver meu nervo rígido. Eu sobre o colchão, enrijecia os músculos, franzia o cenho e gelavam as têmporas. Roer, revirar, tecer, retorcer, lambuzar e deixar o seu corpo tremendo, gemendo. Me fez levitar em meio aos sete mares e me pediu para que lhe amasse, mesmo que fosse apenas naquela noite, ela pediu para que lhe amasse com todos os meus mais puros sentimentos, com todos os meus mais puros órgãos e misturas que ali me compunham. Cinta-liga, perna dura, dorso quente, toda língua e me atravessou, me encochou, me apertou, provocou e me amou. Foi nesse longo repentino momento que vi que era aquela, a mulher que iria me amar pelo resto dos tempos.

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