Achei que não era eu.



Por você eu dei o que eu não tive. Sonhei por tanto tempo em ser livre. Hoje, peço que me prenda em seus braços. No encontro dos dois, passos em paralelo, encontram-se as palavras, o vento descobre as janelas, solta os panos, levanta o resto do pó. Revela os rostos sobre os sorrisos. E nós nos revelamos-nos nos gestos, nos olhos, no que dizemos, no que resta e se junta na fadiga dos movimentos dos passos. Eu já não sei respirar quando estou ao lado seu. Você é aquela mulher escondida nas letras de tantas canções. Escrevia longas cartas para ninguém. Escrevo longas cartas com os olhos. E meu peito a soluçar abafava meus gritos quando não sabia o que falar. Achei que não era eu que fazia minha história andar. Achei que não era eu que amava sem saber quem iria amar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário