Viver de nós



Nas torturas, toda carne se trai. Me consumi pelo desejo que me esquentava. Com devoção. Depois do aço dos meus olhos e o fel das minhas palavras, acalmaram meus silêncios, mas deixaram suas marcas. Coração rebocado, remexido e chapiscado. O tempo correu, e o relógio andou. Meros devaneios tolos a me torturar. O tempo passou e fiquei conhecendo você. E descendo dessa solidão que normalmente, comumente, fatalmente, infelizmente, displicentemente o nervo se contrai. Com precisão. Como um passatempo quero mais te ver. Com aflição. Gozar de nós. Viver do nós. E te beijar me marcando a cara com seu batom marcante. Um compromisso submisso, rebuliço, e contagiante. Quero me deitar em seus braços. Sentir seu cabelo encaracolado lindo e seu sorriso violeta. Viver de nós. Com amor de nós.

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