
Nada como um dia após o outro. Nada mais que um amor fracassado. Nada além do que pouco tempo de beijo. E o insuportável tempo perdido. Jamais serei o que fui um dia. Renovo a cada estação amorosa. Balanceado. Não aprendi a me criar com os anjos. Foi com os demônios que me acertei. Foi por te amar demais que descobri que sempre faltou amor para que fosse suficiente. Não precisa entender para viver. Viver ultrapassa qualquer entendimento. E qualquer outro patife de compreensão. Existe um anjo em mim que me torna um santo. Mas em compensação habita em mim um diabo, que me torna um monstro. Um vive do outro, como eu vivo de mim. Auto-suficiência necessária. Porque sentir por alguém o que não se sente por si mesmo, é viver no outro e não de si. Talvez isso explica porque os beijos ácidos que rapidamente me dera um dia, foram retribuídos com amor. Talvez tudo que eu saiba sobre o amor, foi o nada que a vida me ensinou. E que você teve participação. Talvez seja eu que deva ter medo de um anjo, mas é você que deverá temer o diabo. Sim! Eu sou um monstro. E monstros arrependem de terem se envolvido com criancinhas.
Texto Adaptado de Gustavo Pontelo (The Revange)
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