Tanto desencanto,


Muito do que eu faço não penso, me lanço sem compromisso. Vou no meu compasso. Danço, não canso a ninguém cobiço. Tudo o que eu te peço é por tudo que fiz e sei que mereço. Posso, e te confesso. Você não sabe da missa um terço. O mundo já não esse que você pensava. As montanhas são retas e não onduladas como você imaginava, os sorrisos não são tão brancos, são amarelos. Os corações não tem aquele formato. O giz acaba, e a borracha também. Debaixo da terra, não somos nada. Ou somos. Adubo. Tanto choro e pranto, a vida dando na cara. Não ofereço a face, nem sorriso amarelo. Dentro do meu peito uma vontade bigorna, um desejo martelo. Tanto desencanto, a vida não te perdoa. Tendo tudo contra e nada me transtorna, por dentro do meu peito um desejo martelo, uma vontade bigorna. Vou certo de estar no caminho. Desperto e levanto. Só de pensar que o mundo não é mais o mesmo, volto a dormir.

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