Sala de espera
Não sei muito bem como você se foi e me deixou falando sozinho. Tudo que vivemos, foi suficiente. Ou não. Nós somos fogo e gasolina. Éramos. O nosso jogo é perigoso menina. Era. Eu sou o dedo e você é o meu gatilho. Todos os beijos escondidos. Todas as transas de olhares e calor de vontades. Transamos. Quantas vezes transamos! O nosso jogo perigoso combina. No campo aberto escondíamos de todos. Como o disfarce era sensual e me chamava para dançar. Eu sou um abrigo e você é um míssil. Você é um fósforo e eu sou um pavio. E hoje, a saudade aperta em mim e em você. Não disfarce. Eu sou a pólvora e você é a mina. Agora estou aqui, sentado e te esperando. Nessa sala de espera estou, esperando você voltar a como era antes. Você voltar como você é e não como está vivendo hoje. Nós somos fogo e gasolina. Hoje ainda transamos. Porém eu longe e você mais longe ainda. Olhares apenas. Orgulho apenas
Prefásios
Reis e Ratos
No encontro de paixões ancoradas diante da maré, os restos do rosto que me deixou, largou o naufrágio e foi-se. Nas têmporas do amor, a tempestade de lágrimas não sequer foi. O mundo que não era privado de amores carnavalescos congelava-me punhos e ossos. E como resto de alma que me sobrava ali fiquei. Nas lembranças e ostentações. Do negócio do ego do ócio do cio do 0. Apunhalado diante a realeza, segui com olhos de mendigo. Sujo como rato vivi nas mazelas do amor. Negócio. Do amor. Rei. do lixo. Rato. do império. Metáfora. Metáforas.
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